Poemas de Jefferson
(Jeff) Vasques,
do livro “Nada Comum Dia Após o Outro”
“Parte 1 – Noites em Claro”
*
a lua
lá fora
tão
cheia
de
si...
cá
dentro
eu já
nem sei
se...
**
entre
a nuca
e o
nunca
uma
minúscula
indiferença
*
**
A lua
vai cheia.
A rua,
Vazia.
E, eu,
meio
a meio
fio.
**
**
qual musa
sorri a
lua
cinicamente...
confuso
desconfio
se
míngua ou cresce...
**
***
a
madrugada
me
ensinou
este
silêncio
- lento
–
do azul
desbotando
o negro
***
***
pssssiu...
(assim
tudo
tem
início
e fim)
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I.
poemas
de minha amiga Vanessa Alessandra, de
Ji-Paraná/RO.
SEIVA
invadi
território alheio
a seiva
de florbela possuí
violei um pacto
brindei um prazer
AMBROSIA
na sombra
do manto
teus lábios
inquietos
quebraram o
silêncio
provei
ambrosia
PROTEÇÃO
espelha
teu mar
meu ser
indefeso
com esmero
me cuidas
do inverno
sombrio
MULTA
na contra-mão
de dois
corpos
a máxima
infração
da vida
LUNAR
a ti
compus
um poema lunar
mas o perdeste
para a noite
BRINDE
gozemos a doçura
que a aurora respira
um brinde
à poesia
II.
poemas
ainda não publicados (em livro), de Carlos
Reis.
TECELÃ
a mulher rendeira
fragmentada
tece com barbantes
cenas do cotidiano
e compõe
(letra e música)
sua imortal
história
IMPULSO
saiu
quando percebi
já havia saído
quis voltar
apagar os rastros
mas teus ouvidos
são mais atentos
que minhas palavras
ENCANTAMENTO (O ANEL)
meu anel rodou, rodou, rodou
parou na mão do meu amor
meu anel rodou, rodou, rodou
parou na mão do meu amor
meu amor tem um olhar divino
de menina que sabe ler o mundo
a magia que vem de seu mirar
não esqueço nem um só segundo
meu amor me falou um certo dia
que eu sou um menino muito amado
era tarde de um dia tão junino
em seu colo eu dormia descansado
meu anel rodou, rodou, rodou
parou na mão do meu amor
meu anel rodou, rodou, rodou
parou na mão do meu amor
meu amor vou lhe roubar um beijo
na aventura do meu pensamento
quanto mais eu sonho, mais lhe vejo
nunca acaba esse nosso encantamento
meu amor pelos rios eu navego
bem no raso e onde há o fundo
aos peixinhos sempre vou dizendo
vivo eu o melhor amor do mundo
meu anel rodou, rodou, rodou
parou na mão do meu amor
meu anel rodou, rodou, rodou
parou na mão do meu amor
meu amor pegou o meu anel
e guardou em seu doce coração
disse "daqui eu nunca vou tirar"
"pra esse anel eu nunca digo não"
entro no meio da roda e digo um verso
o senhor me escute por favor
não tem coisa mais bela no universo
que poder viver um grande amor
meu anel rodou, rodou, rodou
parou na mão do meu amor
meu anel rodou, rodou, rodou
parou na mão do meu amor
Os poemas de Vanessa Alessandra estão no livro "Aquarelas" (FCJP, Ji-Paraná/RO, 2007)
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